Polícia Angolana Garante Ter Reprimido Protestos em Luanda Sem Uso de Força Letal

Enquanto autoridades afirmam ter agido com "moderação", ativistas denunciam feridos e detidos, e prometem novas manifestações contra a subida dos combustíveis e propinas escolares.

Enquanto autoridades afirmam ter agido com "moderação", ativistas denunciam feridos e detidos, e prometem novas manifestações contra a subida dos combustíveis e propinas escolares


A Polícia Nacional de Angola afirmou que reprimiu os protestos do último sábado (12/07), em Luanda, sem uso de força letal. Segundo o porta-voz da corporação, Mateus Rodrigues, a atuação foi "moderada" e seguiu protocolos legais. 

A manifestação, convocada contra o aumento dos preços dos combustíveis, contou com forte presença policial e gerou controvérsia sobre o grau da repressão.

Rodrigues disse à DW África que “não houve danos materiais em viaturas da Polícia, civis ou outros bens públicos e privados”. 

A polícia assegura que os manifestantes desobedeceram à orientação de alterar o percurso do protesto, tentando avançar à força em direção à Assembleia Nacional, o que levou à intervenção policial com “força não letal”.

Por outro lado, os organizadores da manifestação contabilizam 17 feridos e 7 detenções, dados não reconhecidos pelas autoridades. 

O protesto foi interrompido nas imediações do Largo da Independência, onde a polícia bloqueou o acesso com barreiras humanas e viaturas.

Em resposta, os ativistas já convocaram novas manifestações para os dias 19 e 26 de julho, em Luanda e nas províncias do norte do país (Uíge, Kuanza-Norte e Malanje). 

O Movimento dos Estudantes Angolanos (MEA) organiza uma marcha no sábado sob o lema “Lute como um estudante”, contra o aumento das propinas no ensino privado.

Francisco Teixeira, presidente do MEA, apelou à juventude angolana para resistir às políticas do Governo:

“É urgente nós, jovens, levantarmo-nos contra essas medidas e lutarmos até que a verdade venha à tona.”

Os ativistas pedem à polícia uma postura “republicana” e alertam que continuarão a mobilização até que as suas exigências sejam atendidas.


📚 Fonte: DW

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