MP Acusa Venâncio Mondlane de Incitar Violência nas Redes Sociais Após Eleições

 MP Acusa Venâncio Mondlane de Incitar Violência nas Redes Sociais Após Eleições

MP Acusa Venâncio Mondlane de Incitar Violência nas Redes Sociais Após Eleições

Maputo, 23 Jul. 2025 — O Ministério Público (MP) de Moçambique acusou formalmente o político Venâncio Mondlane de promover atos de violência e incitar ao terrorismo por meio de publicações nas redes sociais após as eleições gerais de outubro de 2024. 

A acusação alega que Mondlane incentivou protestos violentos, causou pânico e contribuiu para mortes e destruição de bens públicos e privados.

De acordo com o despacho da Procuradoria-Geral da República (PGR), apresentado na terça-feira (22), Mondlane usou transmissões em direto para apelar a uma “revolução”, convocando greves e paralisações em resposta aos resultados eleitorais, que ele contesta. 

Tais ações, segundo o MP, mergulharam o país no caos, afetando a ordem pública e o funcionamento de serviços essenciais.

“Os factos praticados pelo arguido colocaram em causa, de forma grave, bens jurídicos fundamentais, como a vida, a integridade física, a liberdade de circulação e a segurança pública”, aponta o documento, ao qual a Agência Lusa teve acesso.

O MP imputa a Mondlane vários crimes, incluindo apologia ao crime, incitação à desobediência coletiva, instigação ao terrorismo e incitamento à violência, acusando-o de liderar moral e materialmente os protestos pós-eleitorais.

Organizações não-governamentais relatam que cerca de 400 pessoas morreram nos confrontos entre manifestantes e forças policiais. A situação agravou-se com saques, destruição de propriedade e bloqueios de vias públicas, que, segundo a acusação, seguiram orientações diretas de Mondlane através das redes sociais.

Apesar da tensão, os confrontos cessaram após dois encontros entre Mondlane e o Presidente eleito, Daniel Chapo, ocorridos em março e maio de 2025, com o objetivo de restaurar a paz.

A acusação sustenta ainda que os apelos do político visavam deliberadamente “instigar medo, intimidar a população e comprometer a estabilidade nacional”.


Fonte: Lusa / DW

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem

Translate