
Na Guiné-Bissau, a campanha eleitoral tem sido dominada pela corrida presidencial, deixando as legislativas em segundo plano
A campanha eleitoral na Guiné-Bissau segue marcada por um forte desequilíbrio entre as corridas presidencial e legislativa. Embora os dois escrutínios ocorram de forma simultânea, a disputa pela Presidência da República tem atraído quase toda a atenção dos candidatos e eleitores.
Analistas explicam que o foco nas presidenciais resulta da percepção de que o Presidente exerce enorme influência sobre o funcionamento do Estado, tornando o cargo central no xadrez político nacional.
Enquanto movimentos que apoiam Umaro Sissoco Embaló surgem com maior presença pública, outras formações praticamente não se manifestam para mobilizar votos para a Assembleia Nacional Popular.
Esta ausência é reforçada pela exclusão de vários partidos pelo Supremo Tribunal de Justiça, incluindo a força política vencedora das últimas legislativas, criando um clima de contestação e incerteza.
Candidatos como João Bernardo Vieira e Fernando Dias afirmam que as legislativas perderam significado após sucessivos episódios de dissolução parlamentar e tensões institucionais.
A proximidade das eleições aumenta o clima de tensão, com trocas de acusações, suspeitas de interferência militar e um ambiente político imprevisível.
Fonte: DW África
Foto: Reprodução/DW África