
Chapo Alcança Acordo Para Reformas do Estado, Mas Exclusão de Venâncio Mondlane Gera Críticas
O Presidente da República, Daniel Chapo, anunciou nesta
segunda-feira (27) que o Governo e os partidos representados na Assembleia da
República e nas Assembleias Provinciais chegaram a um consenso sobre os termos de referência para
as reformas essenciais do Estado. O objectivo é promover a
estabilidade política, económica e social de Moçambique.
Entre as prioridades discutidas, destacam-se a revisão da Lei Eleitoral
e o fortalecimento
do processo de descentralização, medidas consideradas
fundamentais para evitar conflitos eleitorais futuros e reforçar a democracia.
“O nosso objectivo é garantir paz, segurança e estabilidade para o
desenvolvimento do país. Moçambique é a casa de todos nós, e essas reformas são
essenciais para o futuro”, declarou Daniel Chapo após o encontro com os
partidos políticos.
Próximos Passos e Debate Nacional
O encontro, realizado no Gabinete da Presidência da República, foi descrito como
um avanço no diálogo político iniciado após os episódios de violência pós-eleitoral.
Segundo o Presidente, os acordos alcançados serão formalizados em um
documento a ser assinado pelas lideranças políticas representadas no
Parlamento.
As reformas também incluirão um debate nacional mais amplo,
envolvendo sociedade
civil, sector privado, lideranças comunitárias, meios de comunicação e jovens,
podendo até resultar na revisão da Constituição.
Críticas à Exclusão de Venâncio Mondlane
Apesar do avanço nas negociações, a ausência de Venâncio Mondlane
na mesa de diálogo gerou fortes críticas.
Mondlane é uma figura com grande apoio popular e influência, sendo
considerado essencial para um debate legítimo sobre reformas estruturais. Sua
exclusão levanta questionamentos sobre a representatividade e transparência do
processo.
Chapo, no entanto, não comentou directamente sobre a exclusão de Mondlane, reforçando que o objectivo do diálogo é buscar um compromisso político abrangente para o futuro do país.