
Ataques armados em Niassa forçam 2.085 pessoas a fugir e agravam crise humanitária no norte de Moçambique
A violência armada voltou a assolar o norte de Moçambique, com ataques recentes na província de Niassa a provocarem o deslocamento forçado de pelo menos 2.085 pessoas.
Segundo o ACNUR, os ataques ocorreram entre os dias 24 e 29 de abril, com homens armados a invadirem zonas protegidas da Reserva Especial do Niassa, incluindo o acampamento de Mariri.
As famílias, apanhadas de surpresa enquanto trabalhavam nas suas machambas, fugiram para o mato ou caminharam por longas distâncias até à cidade de Mecula.
Cerca de 516 famílias encontram-se agora acolhidas em condições precárias, muitas alojadas em salas de aula da Escola Primária 16 de Junho.
A maioria dos deslocados abandonou tudo por medo de novos ataques, sem tempo para recolher bens essenciais. A ONU alerta para o agravamento da crise humanitária na região, já fragilizada pela insurgência armada iniciada em 2017.
O Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, afirmou que as Forças de Defesa e Segurança estão no terreno e a alcançar progressos na perseguição dos atacantes.