
Governo garante estabilidade no Niassa após ataques armados
O ministro da Defesa Nacional, Cristóvão Chume, assegurou que a situação de segurança na Reserva Especial do Niassa (REN), norte de Moçambique, está sob controlo após os recentes ataques de homens armados, que provocaram pelo menos duas mortes e o desaparecimento de guardas florestais.
“A situação está estável. Os operadores retomaram as suas atividades, mas mantemos a vigilância face a possíveis movimentações de insurgentes”, declarou Chume em Maputo, durante um evento alusivo aos 50 anos da Constituição da República.
Os incidentes ocorreram entre abril e maio, numa zona onde operam supostos grupos extremistas islâmicos, ligados à insurgência de Cabo Delgado.
O grupo Estado Islâmico reivindicou posteriormente a autoria do ataque, alegando ter morto três pessoas, mais do que o número inicialmente reportado pelas autoridades.
Pejul Calenga, diretor da ANAC, disse que há indícios da retirada dos insurgentes da área protegida, o que representa “um sinal encorajador”, apesar de o ambiente continuar “desafiante”.
Entretanto, também em Cabo Delgado, novos ataques foram registados nos últimos dias. Ainda assim, Cristóvão Chume afirma que a segurança foi restabelecida, destacando a eficácia da Força Local no terreno, em apoio às Forças de Defesa e Segurança.
De acordo com dados recentes do Centro de Estudos Estratégicos de África, só em 2024 já morreram 349 pessoas em ataques extremistas em Cabo Delgado, um aumento de 36% em comparação com 2023.
Fonte: Deutsche Welle (DW) / Agência Lusa