
Graça Machel: “Moçambique não está como os combatentes da liberdade sonharam”
Durante as celebrações dos 50 anos da Independência Nacional, a antiga Primeira-Dama de Moçambique, Graça Machel, deixou uma mensagem forte e reflexiva, afirmando que o país ainda está distante dos ideais sonhados pelos combatentes da liberdade em 1975.
Num discurso carregado de memória histórica e apelo à ação, Machel destacou que o desenvolvimento de Moçambique é uma tarefa permanente e em construção.
“Mesmo que o nível de desenvolvimento fosse mais elevado, nunca seria um processo concluído. É sempre contínuo”, afirmou.
Graça Machel lembrou ainda os anos difíceis da guerra civil, quando cerca de 45% da rede do ensino primário foi destruída.
“Eu era Ministra da Educação. Foi devastador. Mas hoje, mesmo sem carteiras em algumas salas, há escolas e crianças a aprender. Isso também é um ganho da nossa independência.”
No entanto, a antiga Primeira-Dama alertou que a independência política não veio acompanhada da independência económica, sublinhando que o continente africano continua sob forte influência da geopolítica internacional.
“Todos os países africanos enfrentam esse desafio. A independência económica ainda é uma missão inacabada — e essa tarefa cabe à juventude de hoje.”
Para Graça Machel, a manutenção da unidade nacional, após décadas de conflito, também deve ser considerada uma conquista. Mas deixou um desafio claro: “É tempo de sonhar de novo e lutar por uma verdadeira liberdade — justa, inclusiva e economicamente independente.”
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Fonte: MBC