A Polícia Já Não Inspira Confiança”: Massango Aponta Falência do Estado

João Massango: “Derramamento de sangue é a marca registada do regime moçambicano”

João Massango: “Derramamento de sangue é a marca registada do regime moçambicano”

Maputo, 5 de Julho de 2025 – O Presidente do Partido Ecologista, João Massango, denunciou publicamente a escalada da violência em Moçambique e criticou duramente o atual regime, afirmando que o derramamento de sangue se tornou a marca registada do Estado.

As declarações foram feitas ao Integrity Magazine, na sequência de uma série de homicídios registados na cidade da Matola, onde, em menos de 72 horas, seis pessoas foram assassinadas a tiros – incluindo dois agentes das Forças de Defesa e Segurança (FDS).

Massango classificou o cenário como uma “hecatombe social” e advertiu para o estado generalizado de medo e insegurança vivido no país. 

Hoje, é cada vez mais difícil distinguir entre criminosos e agentes do Estado. A figura do polícia bandido tornou-se uma realidade alarmante”, disse o político.

Segundo ele, há indícios de envolvimento de unidades especializadas das FDS, como o SERNIC, DIO e UIR, num ciclo de enriquecimento ilícito, alimentado por crimes como peculato, extorsão e acertos de contas internos. 

“A única forma de resolver conflitos entre eles parece ser o assassinato”, denunciou.

Massango ainda responsabilizou o próprio Estado por legitimar o crime organizado, ao invés de combatê-lo. 

“Se o crime fosse controlado pelo Estado, poderíamos falar de uma batalha. Mas o que vemos é o crime a controlar o Estado”, afirmou.

Para o dirigente trabalhista, Moçambique vive um colapso de confiança nas instituições.

“A confiança do povo na polícia está esgotada. É urgente reestruturar o sistema, restaurar a autoridade moral do Estado e devolver aos cidadãos o direito à segurança.”

Além dos homicídios, Massango apontou o crescimento alarmante do tráfico de drogas, raptos, corrupção e terrorismo, particularmente no Norte do país, como reflexo de uma governação conivente. 

“Esses crimes têm rosto, e muitos deles estão dentro do próprio regime”, acrescentou.

As críticas foram reforçadas por relatos de cidadãos, como Paulo Nguenha, que testemunhou o recente tiroteio na Matola. 

“Aquilo parecia um filme. Dois grupos bem armados e treinados, como se fossem comandos em guerra. Hoje vi que temos assassinos treinados a circular livremente”, declarou.

A PRM confirmou que uma das vítimas do tiroteio de 4 de Julho é Amado Rashid Khan, fugitivo da cadeia de máxima segurança da B.O., acusado de ser um dos mandantes de vários raptos em Moçambique. Continua LER mais Clique Aqui


📌 Fonte: Integrity Magazine

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