
Carla Louveira defende uma gestão moderna e sustentável das finanças públicas, com foco na transparência, responsabilidade fiscal e crescimento económico inclusivo
A Ministra das Finanças, Carla Louveira, defendeu esta quarta-feira, 29 de outubro, a necessidade de uma gestão pública moderna, inclusiva e orientada para o desenvolvimento sustentável de Moçambique.
A dirigente falava durante a abertura do I Conselho Coordenador do Ministério das Finanças, realizado pela primeira vez em dez anos, sob o lema “Por uma Gestão de Finanças Públicas mais Moderna e Inclusiva em Prol do Desenvolvimento do País”.
Carla Louveira destacou que o encontro serve para refletir sobre o compromisso do Governo com a transparência e a responsabilidade fiscal, reforçando a importância da digitalização e da integração dos sistemas financeiros.
Segundo a Ministra, a arrecadação de receitas atingiu 265,8 mil milhões de meticais, o que corresponde a 68,4% da meta anual, enquanto a despesa total chegou a 514,2 mil milhões de meticais, equivalente a 61,5% de execução.
Apesar dos desafios macroeconómicos, como o impacto dos eventos climáticos, o terrorismo em Cabo Delgado e as flutuações dos preços internacionais, a Ministra destacou sinais de resiliência.
O Governo prevê um crescimento económico de 2,9% em 2025, com aceleração para 3,2% em 2026 e uma média de 4,4% até 2028.
A governante afirmou que o Executivo está empenhado em garantir a sustentabilidade da dívida pública através de reformas estruturais, como a Estratégia de Gestão da Dívida 2025–2029 e o reforço do mercado de capitais.
Louveira destacou ainda a criação do Banco de Desenvolvimento de Moçambique e a operacionalização do Fundo Soberano, que deverá iniciar a capitalização plena após a assinatura do acordo de gestão com o Banco de Moçambique.
A Ministra concluiu reafirmando o compromisso do Governo em promover uma gestão financeira responsável, moderna e voltada para o bem-estar de todos os moçambicanos.
Fonte: Integrity
Foto: Ministério das Finanças / Integrity Moçambique