Suspensão mineira em Manica expõe violência e exploração ilegal

Actividades de mineração em Manica continuam apesar da suspensão, com relatos de violência, exploração ilegal e favorecimento a grupos privilegiados

Actividades de mineração em Manica continuam apesar da suspensão, com relatos de violência, exploração ilegal e favorecimento a grupos privilegiados

A província de Manica vive um cenário de grande tensão após a suspensão das atividades de mineração decretada pelas autoridades nacionais. A medida, que visa reorganizar o setor e travar práticas ilegais que há anos ameaçam rios e comunidades, tem sido ignorada por alguns grupos que continuam a explorar ouro de forma agressiva. 

Fontes ligadas ao setor relataram que determinadas operações permanecem ativas sob proteção de figuras influentes da província.

O caso ganhou destaque após revelações sobre a concessão feita à empresa África Tantalite, que recebeu, em 2023, uma área de 10 mil hectares na região de Seis Carros, em Púnguè-Sul, distrito de Vanduzi. 

Quando, em junho de 2025, a população descobriu a presença de ouro no local, iniciou-se um processo intenso de garimpagem, gerando conflitos com operadores formais e autoridades.

A situação agravou-se a 14 de Agosto, quando Inocêncio Fainda, filho da governadora de Manica, entrou na área acompanhado de cidadãos chineses. O grupo foi expulso por garimpeiros enfurecidos, que vandalizaram a viatura e o equipamento

Em resposta, uma brigada da Unidade de Intervenção Rápida foi enviada ao local e disparou contra os garimpeiros, causando a morte de seis pessoas.

Apesar da suspensão anunciada pelo Presidente Daniel Chapo, a mina associada ao filho da governadora continuou a operar como cooperativa a partir de 20 de Agosto, segundo fontes que preferiram o anonimato. Recentemente, um grupo de cidadãos zimbabueanos que tentou aceder à mina foi brutalmente agredido.

A suspensão das actividades de garimpo foi justificada pelas autoridades como uma medida de proteção da vida humana, animal e ambiental

No entanto, organizações como a Federação de Desenvolvimento Empresarial de Moçambique defendem o levantamento parcial da suspensão para operações que não causem danos ambientais críticos. Continua LER mais Clique Aqui

Fonte: Integrity Magazine
Foto: Reprodução/Integrity Magazine

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