As autoridades moçambicanas confirmaram que mais de cinco mil deslocados internos já regressaram às suas zonas de origem na província de Nampula, após meses marcados por ataques terroristas nos distritos de Eráti e Memba.
Segundo o Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD), trata-se de 5.625 pessoas pertencentes a 1.127 famílias que haviam fugido por causa da insegurança.
A presidente do INGD, Luísa Meque, explicou que muitas famílias abandonaram as suas casas apenas com a roupa que traziam no corpo, o que torna essencial a entrega de kits de apoio alimentar e material.
De acordo com a responsável, 658 famílias já regressaram a Chipene e outras 469 a Mazua, onde o Governo e parceiros humanitários estão a reforçar a assistência.
O INGD destacou que o regresso está a ser acompanhado por acções de apoio em áreas como alimentação, saneamento, proteção infantil e prevenção da violência baseada no género, numa fase em que as comunidades procuram recuperar estabilidade após meses de deslocação.
Relatórios recentes da organização ACLED mostram que a actividade de grupos associados ao Estado Islâmico Moçambique permanece elevada na região norte de Nampula, com múltiplos ataques registados desde novembro.
As autoridades continuam a monitorar a situação e a reforçar as medidas de segurança para garantir a protecção dos regressados.
Fonte: DW / Lusa
Foto: Reprodução DW África