Uma escola que abrigava civis deslocados na cidade de Gaza foi alvo de um ataque aéreo israelita na madrugada desta segunda-feira (26), resultando na morte de pelo menos 33 pessoas e deixando mais de 50 feridos, segundo as autoridades locais.
A tragédia ocorreu no bairro de Al Daraj, onde a escola Fahmi Al-Jarjaoui foi atingida por três explosões consecutivas enquanto os ocupantes dormiam.
Fahmy Awad, chefe dos serviços de emergência da Defesa Civil de Gaza, confirmou o número elevado de vítimas e descreveu a cena como “desoladora”. Equipes de socorro conseguiram controlar as chamas após os bombardeamentos, mas a destruição foi massiva.
O exército israelita reconheceu o ataque e alegou que o local era usado por líderes do Hamas e da Jihad Islâmica como centro de comando e controlo. Em comunicado, as Forças de Defesa de Israel afirmaram que “os principais terroristas operavam numa área anteriormente usada como escola”.
A ofensiva faz parte de uma campanha militar mais ampla iniciada em outubro de 2023, que já custou a vida a mais de 53 mil pessoas, a maioria civis, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza.
Apesar das pressões internacionais para cessar os ataques e permitir a entrada de ajuda humanitária, Israel mantém sua estratégia de controlar grande parte do território palestiniano, justificando que visa eliminar as capacidades operacionais do Hamas.
No mesmo dia, milhares de israelitas participaram da marcha anual do “Dia de Jerusalém”, fortemente escoltada por forças de segurança. A data marca a conquista da parte oriental da cidade por Israel em 1967, mas é vista por muitos palestinianos como uma provocação, especialmente em tempos de guerra.
A tensão no enclave aumenta com relatos de escassez extrema de alimentos e com a saída de Jake Wood, diretor da Fundação Humanitária de Gaza (GHF), que renunciou ao cargo por não poder garantir princípios básicos de neutralidade na distribuição de ajuda.
A guerra, que dura há mais de sete meses, continua a produzir vítimas diariamente, sem sinais de um cessar-fogo próximo.
Fonte: Jornal Ao Minuto
