Europa Reage com Dureza à Recusa Russa de Cessar-Fogo e Prepara Novas Sanções

Europa Reage com Dureza à Recusa Russa de Cessar-Fogo e Prepara Novas Sanções

Kyiv, 12 de maio de 2025 — A recusa do presidente russo Vladimir Putin em aceitar uma proposta de cessar-fogo de 30 dias provocou forte reação das lideranças europeias e do governo da Ucrânia, que agora avançam com planos para impor sanções ainda mais rigorosas à Rússia.

Putin rejeitou a proposta ocidental e, em vez disso, sugeriu negociações diretas com representantes ucranianos em Istambul, marcadas para esta quinta-feira. A iniciativa russa, porém, não convenceu Kyiv nem os líderes europeus, que veem a recusa como mais uma manobra para ganhar tempo no campo de batalha.

O vice-ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiha, acusou Moscovo de continuar com os ataques militares, ignorando todos os apelos por paz. Em publicação na rede social X, Sybiha afirmou que "a Rússia perde, mais uma vez, a oportunidade de salvar vidas inocentes, confirmando seu compromisso em prolongar a guerra".

Em paralelo, líderes da França, Alemanha, Reino Unido e Polônia reuniram-se em Londres para discutir novas sanções que poderão atingir diretamente o sistema bancário russo, o setor energético e até o banco central do país. 

Também está em análise o envio de mais armamento e tecnologia militar de ponta para as forças ucranianas.

A situação criou divisões entre os aliados ocidentais após o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, pressionar publicamente para que as negociações comecem imediatamente — sem a imposição de novas sanções. 

A postura de Trump foi vista como um obstáculo para a estratégia europeia, que busca aumentar a pressão sobre Moscovo antes de qualquer diálogo diplomático.

Do lado russo, o Kremlin exigiu que qualquer conversa parta do documento de 2022, que impunha à Ucrânia limitações militares e a exclusão formal da OTAN — condições já rejeitadas por Kyiv no passado.

O impasse reforça a tensão no cenário internacional. A expectativa agora recai sobre o encontro em Istambul, que poderá determinar os próximos rumos da guerra. Até o momento, não há confirmação oficial da presença de Putin nas negociações.

Fonte: The Washington Post

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