O Governo de Moçambique garantiu que o país dispõe de medicamentos essenciais suficientes para atender à população até dezembro, fruto de um investimento de cerca de 130 milhões de euros realizados nos primeiros cinco meses de 2025.
A informação foi avançada pelo ministro da Saúde, Ussene Isse, em resposta aos deputados na Assembleia da República.
Segundo o ministro, foram adquiridos e distribuídos medicamentos e produtos médicos no valor de aproximadamente 9,4 mil milhões de meticais, destinados a tratar doenças como malária, tuberculose, diabetes, hipertensão, infeções respiratórias e diarreicas.
Apesar do cenário positivo no abastecimento geral, o ministro alertou para limitações temporárias no fornecimento de fármacos para o sistema cardiovascular, nervoso e anestésicos, cuja reposição está prevista para os meses de junho e julho.
Ussene Isse destacou ainda a necessidade de combater o roubo de medicamentos, um dos maiores desafios do setor, afirmando que cinco profissionais de saúde foram expulsos este ano por envolvimento em desvios de fármacos.
Para enfrentar o problema, o Ministério da Saúde está a introduzir um novo sistema eletrónico de rastreamento, que permitirá monitorar os medicamentos desde a entrada no país até à sua utilização final.
“O selo digital vai permitir saber onde está cada medicamento e impedir que desapareçam do circuito oficial. É um passo importante para restaurar a confiança e proteger os recursos públicos”, declarou o ministro.
Em paralelo, casos de contrabando continuam a ser investigados. Em março, seis pessoas foram detidas na cidade da Beira, incluindo quatro trabalhadores de centros de saúde, por tentativa de transportar medicamentos ilegalmente para o Zimbabué. (Jornal Ao Minuto)
