Tarifaços de Trump assustam investidores e impulsionam apostas econômicas na Europa

Tarifaços de Trump assustam investidores e impulsionam apostas econômicas na Europa

Tarifaços de Trump assustam investidores e impulsionam apostas econômicas na Europa

A política comercial agressiva e imprevisível do presidente norte-americano Donald Trump está a provocar uma fuga de capitais dos Estados Unidos para a Europa, sobretudo para a Alemanha, atualmente vista como porto seguro para os investidores internacionais.

O receio de uma nova guerra comercial entre os EUA e a União Europeia (UE) cresceu depois que Trump ameaçou aplicar uma sobretaxa de 50% sobre todas as importações europeias, caso um novo acordo tarifário não seja alcançado até 9 de julho. 

A instabilidade gerada pelo anúncio já causa oscilações nas bolsas e um movimento estratégico por parte de investidores globais.

O índice S&P 500, principal termômetro da bolsa americana, tem mostrado volatilidade desde o início do mandato de Trump, enquanto o DAX, da Alemanha, segue valorizado – com uma alta de mais de 15% em 2025. Ao mesmo tempo, o dólar caiu 10% frente ao euro, enquanto a libra e o franco suíço também se fortaleceram.

O presidente do Banco Central da Alemanha, Joachim Nagel, alertou que a disputa comercial pode desencadear turbulências financeiras graves. 

O FMI também expressou preocupações, apontando que os Estados Unidos enfrentam "sinais de esgotamento econômico", com um défice orçamental que pode ultrapassar os 6,5% este ano e uma dívida pública superior a 120% do PIB.

Com os EUA a perderem atratividade, grandes investidores institucionais voltam-se para a Europa. 

A gestora Blackstone anunciou um plano de investimento de 500 mil milhões de dólares no continente, e a Apollo Global Management projeta aplicar mais 100 mil milhões de dólares apenas na Alemanha nos próximos 10 anos.

Segundo Stefan Wintels, CEO do banco estatal alemão KfW, há uma mudança radical no apetite dos investidores por ativos europeus. "Nunca vi uma mudança tão rápida no clima de investimentos em mais de 30 anos de carreira", afirmou.

Bruxelas também aproveita o momento para fortalecer o mercado interno europeu e avançar em novos acordos de livre comércio, acelerando negociações com países como Índia e Indonésia, numa tentativa de reduzir a dependência do mercado norte-americano. Continua LER mais Clique Aqui 

Fonte: DW

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