Alemanha homenageia Venâncio Mondlane com recepção histórica no Bundestag

Vice-presidente do Parlamento Alemão recebeu o político moçambicano na mítica sala onde foi assinada a reunificação da Alemanha, num gesto simbólico de apoio à democracia e aos direitos humanos em Moçambique

Vice-presidente do Parlamento Alemão recebeu o político moçambicano na mítica sala onde foi assinada a reunificação da Alemanha, num gesto simbólico de apoio à democracia e aos direitos humanos em Moçambique

A Alemanha prestou uma homenagem de alto nível ao político moçambicano Venâncio Mondlane, ao recebê-lo em reunião de cortesia no Bundestag, o Parlamento Federal Alemão, numa das mais simbólicas salas da história política europeia.

A recepção foi liderada por Her Bodo Ramelow, vice-presidente do Bundestag, que abriu as portas da mítica sala onde, em 1989, foi assinado o fim da divisão entre a República Democrática Alemã (RDA) e a República Federal da Alemanha (RFA).

Ramelow destacou que o gesto representa o reconhecimento da luta democrática em Moçambique e reforçou a mensagem de que “a única alternativa à paz é a paz, e a democracia é a via segura para a estabilidade”.

Durante o encontro, o engenheiro Venâncio Mondlane, considerado por muitos como o presidente eleito pelo povo moçambicano, apresentou os principais desafios políticos de Moçambique, com especial destaque para as contínuas violações dos direitos humanos.

Ele entregou o seu mais recente Relatório da Situação dos Direitos Humanos, amplamente distribuído entre os parceiros internacionais, onde denuncia perseguições, repressões e o silenciamento de opositores.

Um dos casos apresentados no Bundestag foi o de Joel Amaral, símbolo da brutalidade enfrentada por cidadãos comuns em Moçambique. A história de Amaral foi relatada com pesar pelos presentes, sublinhando a gravidade da escalada de violência no país.

A reunião, mais do que protocolar, ganhou contornos de solidariedade internacional. Ao usar a sala símbolo da reunificação alemã, o Parlamento Alemão quis enviar um sinal claro: a democracia deve ser defendida, e os povos têm o direito de escolher livremente os seus líderes.

Fonte: DW

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