Robôs capturam soldados na Ucrânia: guerra sem humanos entra para a História

Robôs capturam soldados na Ucrânia: guerra sem humanos entra para a História

Pela primeira vez, a Ucrânia capturou militares russos apenas com o uso de drones e robôs terrestres. A inovação tecnológica marca um novo capítulo nas guerras modernas.

Pela primeira vez na história, soldados russos foram capturados sem a presença de soldados humanos em campo. 

A façanha, conduzida pela Terceira Companhia de Assalto do Exército da Ucrânia na região de Kharkiv, envolveu o uso exclusivo de robôs terrestres e drones kamikaze controlados à distância.

O vídeo da operação, publicado no Facebook, mostra robôs se aproximando de esconderijos russos antes de explodirem. Após as explosões, soldados russos renderam-se escrevendo num papel: "Queremo-nos render". 

O episódio foi confirmado pelas Forças Armadas da Ucrânia, que destacaram que não houve o uso de infantaria e nenhuma baixa ucraniana foi registada.

Segundo o major-general Filipe Arnaut Moreira, entrevistado pelo Observador, esta é a materialização da “guerra do futuro”, onde elementos mecânicos substituem progressivamente os soldados em campo. 

“A Ucrânia não pode perder os mesmos soldados que a Rússia está a perder. Tem de apostar numa guerra diferente, com menos baixas humanas”, explicou.

O uso de sistemas robóticos em combates não é totalmente novo: em dezembro de 2024, a 13.ª Brigada da Guarda Nacional ucraniana já havia testado robôs armados com metralhadoras. 

Já a Rússia, em março de 2025, testou robôs com lança-granadas em Donetsk, mas, segundo a revista Forbes, estes foram rapidamente destruídos.

A estratégia da Ucrânia é impulsionada por uma necessidade: enfrentar o maior contingente militar russo sem entrar em guerra de atrito. 

Em 2024, o país iniciou a produção em larga escala desses veículos, com planos de colocar até 15.000 unidades no campo de batalha.

Entre os modelos mais conhecidos estão o Liut, com metralhadora montada, e o Krampus, equipado com lança-chamas. Esses robôs são controlados remotamente com ajuda de Starlink, embora o sinal seja instável em regiões com cobertura vegetal densa.

Apesar dos avanços, especialistas militares indicam que os robôs ainda são complementares. “Nunca substituirão completamente a infantaria”, diz um operador identificado como Shura. 

Contudo, os resultados mostram um caminho irreversível para a automação dos combates.

O conflito na Ucrânia, iniciado em 2022, entra assim numa nova fase tecnológica, onde a presença física dos soldados começa a ser substituída por engenhos mecânicos e, cada vez mais, inteligência artificial.

Fonte: Observador

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