
A União Europeia (UE) saudou, este sábado (19.07), o cessar-fogo anunciado entre Israel e o Governo da Síria, após dias de intensos confrontos intercomunitários na província de Sweida, no sul do território sírio.
Em comunicado, o serviço diplomático da UE afirmou que o cessar-fogo foi alcançado com o apoio dos Estados Unidos e de parceiros regionais.
"O cessar-fogo deve agora ser integralmente respeitado", apelou a instituição europeia, sublinhando que este é o momento para o diálogo e para a promoção de uma transição verdadeiramente inclusiva na Síria.
A UE pediu que as autoridades sírias assumam a responsabilidade de proteger todos os cidadãos, "sem distinção", e que sejam adotadas medidas urgentes para o desarmamento, desmobilização e reestruturação das forças de segurança, conforme as normas internacionais.
Bruxelas reiterou ainda que está pronta para apoiar uma mudança pacífica e inclusiva liderada pela própria Síria.
A diplomacia europeia condenou os recentes atos de violência que provocaram centenas de vítimas, incluindo civis, e exigiu a responsabilização dos autores de graves violações do direito internacional humanitário, com o apoio de mecanismos internacionais relevantes.
O conflito teve início no domingo (13.07), entre combatentes drusos e tribos beduínas em Sweida.
O exército sírio foi acusado de intervir diretamente contra os grupos drusos, o que motivou uma reação de Israel – historicamente aliado da minoria drusa – com bombardeamentos contra posições governamentais, incluindo a sede do Ministério da Defesa em Damasco.
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A Presidência síria anunciou um "cessar-fogo imediato", apelando ao seu respeito integral por todas as partes envolvidas. O Governo interino de Ahmad al-Charaa enviou novamente tropas para Sweida, após um acordo de cessar-fogo mediado pelos EUA com Israel.
Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), pelo menos 940 pessoas morreram nos confrontos. A Organização Internacional para as Migrações (OIM) reportou cerca de 80.000 deslocados na sequência da violência. Continua LER mais Clique Aqui
Fonte: Agência Lusa