
Entenda como antivírus atuam em celulares, quando são realmente úteis e em quais situações podem ser desnecessários em Android e iOS.
O uso de antivírus em computadores já é prática comum, mas quando o assunto é smartphone, surgem dúvidas sobre a real necessidade desses aplicativos. Embora funcionem com a mesma lógica dos programas instalados em PCs — prevenção, deteção e remoção de ameaças — os antivírus móveis operam com limitações importantes e nem sempre são indispensáveis.
Esses softwares aplicam técnicas como verificação por assinaturas conhecidas, análise heurística e até modelos de inteligência artificial para identificar comportamentos suspeitos. Também oferecem quarentena, limpeza automática e recuperação de ficheiros. Porém, assim como nos computadores, a eficácia depende de atualizações constantes, já que novas ameaças surgem todos os dias.
A grande diferença está entre os sistemas operativos. No Android, mais aberto e flexível, o risco de infetção é maior, sobretudo entre utilizadores que instalam aplicações fora da Play Store ou usam redes Wi-Fi públicas com frequência. Já no iOS, a arquitetura é mais fechada e controlada, reduzindo drasticamente a probabilidade de malware, exceto em dispositivos com jailbreak.
O antivírus pode valer a pena para quem lida com dados sensíveis, instala apps de fontes externas, usa redes públicas ou procura proteção contra phishing, ransomware e roubo de informações. Por outro lado, utilizadores que mantêm boas práticas de segurança, baixam apps apenas da loja oficial e utilizam redes confiáveis geralmente não precisam dessa camada extra de proteção.
Ainda assim, independentemente do sistema operativo, a segurança depende sobretudo do comportamento do utilizador. Manter o dispositivo atualizado, revisar permissões, evitar links suspeitos e utilizar autenticação em duas etapas são medidas simples que fazem enorme diferença.
Fonte: Olhar Digital / The Conversation
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