
Escândalo no Tesouro moçambicano envolve esquema de “nhonga” e é classificado como “genocídio popular”. Chapo promete medidas firmes e empresários exigem ações imediatas.
O esquema de corrupção conhecido como “nhonga”, que envolve a cobrança de comissões para o pagamento de faturas do Estado, tornou-se um dos maiores escândalos recentes no Tesouro moçambicano.
Empresários denunciam que fornecedores são obrigados a entregar pelo menos 10% do valor devido para conseguir receber por serviços já prestados, prática que tem provocado indignação generalizada no setor privado.
O jurista Roberto Aleluia classificou o caso como um “genocídio popular”, afirmando que a corrupção sistemática impede o país de garantir serviços essenciais como escolas, hospitais e estradas.
Já Inocêncio Paulino, representante das Pequenas e Médias Empresas, alerta que o esquema está a sabotar a soberania nacional e a afastar investidores.
As denúncias chegaram à Procuradoria-Geral da República e ao Presidente Daniel Chapo, que prometeu responsabilização exemplar.
O Chefe de Estado afirmou que processos estão em curso no Gabinete Central de Combate à Corrupção, garantindo que, havendo provas, os envolvidos serão julgados e detidos.
Apesar disso, empresários exigem ações imediatas, questionando a ausência de detenções desde que o escândalo foi exposto.
Juristas defendem que as investigações devem ir além dos funcionários do Tesouro e alcançar possíveis cúmplices em níveis superiores da administração pública.
O caso reacende o debate sobre transparência e reforça a pressão pública por reformas profundas no Ministério das Finanças e nos órgãos de controlo. Continua LER mais Clique Aqui
Fonte da notícia: Deutsche Welle (DW)
Fonte da foto: DW / M. Sampaio