FRELIMO exige investigação urgente sobre homicídios violentos na Matola
Maputo – A Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) apelou às autoridades competentes para uma investigação célere e rigorosa aos recentes atos de violência na Matola, província de Maputo, que resultaram em homicídios de civis e agentes da polícia.
Os episódios de criminalidade, considerados como "atos de barbaridade", ocorreram em menos de um mês e já provocaram forte alarme social.
Durante a 51.ª sessão ordinária da comissão política, liderada pelo Presidente da República e do partido, Daniel Chapo, a FRELIMO condenou os crimes e classificou os mesmos como "uma afronta à ordem e tranquilidade públicas", apelando ainda à colaboração da população na luta contra o crime.
O caso mais recente deu-se na última sexta-feira, quando quatro indivíduos foram abatidos numa troca de tiros com a polícia durante uma tentativa de assalto a uma empresa de construção.
Três dos mortos eram foragidos da cadeia de alta segurança, evadidos durante a rebelião de dezembro de 2024, que envolveu mais de 1.500 reclusos.
A PRM revelou que os suspeitos estavam ligados a crimes como rapto, roubo e homicídios. Outros episódios incluem o assassinato de dois agentes com mais de 50 tiros no início de julho e a execução de outro polícia em junho, igualmente na Matola.
Estes casos agravam o clima de insegurança, numa altura em que o país ainda se recupera de meses de tensão pós-eleitoral e instabilidade social. As autoridades penitenciárias informaram que cerca de metade dos evadidos já foi recapturada, mas centenas continuam foragidos.
Fonte: DW